Belém é a Primeira e Única Cidade da Amazônia a Ter Bibliotecas em Todas as Escolas
O Brasil precisa construir
aproximadamente 130 mil bibliotecas até o ano de 2020 para cumprir a
Lei 12.224, que estabelece a existência de um acervo com pelo menos
um livro por aluno em cada instituição de ensino do país, tanto em
escolas públicas quanto privadas.
Hoje em dia, das 60 escolas de ensino infantil, fundamental, e para jovens e adultos da capital do Pará, 59 possuem bibliotecas, faltando apenas uma para entrar em conformidade com a legislação vigente. A Prefeitura de Belém, através do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares conseguiu, praticamente, atingir a meta, oito anos antes do seu prazo final.
Por isso as bibliotecas escolares municipais cujos livros adquiridos com recursos próprios da Prefeitura, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) e de doações, sendo estas minoria. Nos últimos anos, a maior cidade da amazônia já recebeu em média 22.620 livros do FNDE, o que representa 10% do acervo municipal.
O Jornalista do FNDE que escreve série de reportagens especiais sobre projetos de sucesso desenvolvidos nas escolas de Belém do Pará, Warner Bento Filho, avaliou positivamente a forma como os livros são usados para estimular a leitura entre os estudantes. “A parceria é muito importante, o envio dos livros pelo FNDE às bibliotecas contribui para estimular a leitura e o interesse dos alunos nas questões abordadas em sala de aula, como uma professora mencionou, os alunos acabam se interessando mais pelas disciplinas através da leitura. Fico feliz em poder ver o trabalho que é feito porque não se faz nada sem a leitura, sem bibliotecas”, comentou.
Na Escola Municipal Alzira Pernambuco, localizada no Marco, existem na biblioteca mais de 5.500 obras, entre literatura infanto-juvenil, crônicas, ficção, contos, romance, lendas amazônicas, entre outras. Segundo a professora do Jardim II, Ana Cristina Palmeira, os alunos desde pequenos são estimulados a frequentar a biblioteca e exercitar a leitura, mesmo que ainda com a interpretação de imagens.
Comentou a professora:
“Eles adoram vir à biblioteca, eles mesmos escolhem os livros pra ler em sala de aula ou até mesmo pedem pra levar pra ler com os pais. É importante porque lá na frente eles já vão ter o hábito da leitura”.
Um exemplo de aluno que desenvolveu o amor pela leitura pode ser visto em Pedro Kin Barbosa da Silva, 13, que faz o 8º ano. Pedro é um dos alunos mais assíduos da biblioteca e já escreve o seu primeiro livro, “Não basta somente ter biblioteca é importante termos o profissinal da área presente para nos orientar e tratar a documentação” comentou o assíduo aluno.
Concluiu o aluno:
“Gosto muito de ler, quando escuto falar sobre alguém ou sobre alguma coisa que me interesso eu procuro os livros pra conhecer melhor. Ler é bom porque aumenta a minha visão de mundo. Já estou escrevendo um livro que fala de um filho que começa a procurar pelo corpo de seu pai, que desapareceu em um acidente de carro e acaba entrando em um mundo místico”, afirma. Confirmando a paixão da maioria dos jovens de sua idade, Pedro não hesita em falar sobre sua leitura predileta. “Gosto muito de ler obras que falem sobre jogos e claro, jogar também”.
Para a coordenadora do Sismube,
Georgette Albuquerque, o maior desafio é fazer com que o espaço da
biblioteca seja um local prazeroso e de aprendizagem. “Trabalhamos
a biblioteca como um espaço onde os alunos possam vir, se sentirem à
vontade e encontrar aqui obras, dos mais variados gêneros, para
ampliar o seu nível de conhecimento. Seja através da livre
iniciativa, dos projetos desenvolvidos pelo Sismube ou por incentivo
do professor”, comentou.
Na Escola Alzira Pernambuco, a biblioteca é aberta às 7h30 e permanece até às 22 horas. Além dos alunos, a comunidade ao redor da escola também é beneficiada com a biblioteca.
Na Escola Ernestina Rodrigues a equipe da biblioteca estimula a leitura através de poemas.O grupo “Trovadores da alegria” é formado por alunos que declamam poemas de escritores paraenses, como Juraci Siqueira e Paulo Nunes, por exemplo. O grupo realiza apresentações em outras escolas, eventos e também em feiras sobre o gênero.
Fonte:
Aline Saavedra - Ascom Semec
Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)
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